O uso incorreto de unidades
de medida e suas grandezas
Quais as regras para evitá-lo?
Incorreções mais freqüentemente encontradas.
A análise das incorreções pode ser abordada de diversas maneiras, mas, provavelmente, o modo mais direto é o de se apontarem os erros que são encontrados com maior freqüência, lembrando que “ninguém erra pelo prazer de errar”, e de apontar o caminho para evitá-los no futuro. O leitor, certamente, concorda que, no mínimo, esses fatos existem por uma
“falha de formação”, que provavelmente está ocorrendo desde que foi completado o ciclo básico e que se prolonga, comprovadamente, até depois de uma pós-graduação.
Assim, vejamos alguns exemplos que bem enfocam o problema, para em seguida destacar as principais regras e a bibliografia disponível, encontrada na documentação das entidades normatizadoras, citadas anteriormente.
Exemplo 1
O uso do prefixo “quilo”, ou seja, 1 000, e que, como todo prefixo, “precisa ter associado a ele uma unidade de medida”, (por exemplo, quilograma, ou quilômetro), seja como uma moeda, um peso ou massa, força, velocidade, tensão etc.
Encontramos uma série de incorreções, tais como:
1.1. A grafia desta palavra não é
“kilo”, como se vê freqüentemente, por exemplo, nos restaurantes, quitandas, feiras etc. Este fato é antes de tudo, “um erro de grafia da língua portuguesa”;
1.3. A abreviatura ou o “símbolo” dessa grandeza e seu prefixo, escrito como sendo KG ou Kg, ambas formas erradas.
O correto é escrever “kg”, ambas letras minúsculas, segundo determinação do Inmetro. Portanto, prefixo e unidade, com letras minúsculas. Isto porque, o “K” maiúsculo é o símbolo da unidade kelvin, e o “M” maiúsculo identifica o prefixo mega.
O exposto vem baseado nas seguintes regras contidas no Quadro de Unidades
SI:
A grafia dos símbolos dos “prefixos” deve obedecer a tabela 1, do Sistema SI, e a “unidade de medida”, não sendo derivada de nome próprio, tem seu símbolo escrito com letra minúscula.
Todo valor numérico vem seguido de uma unidade de medida, com ou sem prefixo, a menos dos casos em que estamos usando valores relativos (por exemplo permeabilidade magnética relativa), onde não temos uma unidade de medida.
Cada unidade de medida se reporta a uma grandeza, que vem definida na norma ISO 31.
Outra grandeza freqüentemente usada é o “metro”, com ou sem prefixo (quilômetro, por exemplo). O seu símbolo é apenas um “m” minúsculo, estando “erradas” formas como M, MTS, MTs, e outras encontradas, ou ainda, no caso do quilômetro, formas como KM, Kmts etc. Este erro se amplia quando do uso do símbolo da grandeza “velocidade”, redigida como sendo KM, KM/H, Km/H etc., pois, aplicando a regra antes enunciada, o “h” de hora é minúsculo como também o “k” e o “m” desta unidade de medida. Ainda aproveitando a citação da “hora”, e vale lembrar que a unidade de tempo “segundo” tem seu símbolo como sendo um “s”, simplesmente, e o “minuto” tendo o símbolo
“min”. Portanto, está “errado” usar como símbolo do “segundo” a grafia “Seg.”, “seg.” etc. Se assim, tivermos t =1 minuto, o seu símbolo será t = 1 min. Se, por outro lado, tivermos t = 10 minutos, o seu símbolo será t = 10 min, (e não 10 mins), pois abreviando como indicado no parêntesis, o seu significado seria 10 minutos-segundos, o que evidentemente é um absurdo. Assim, naquela figura 1, aparece “grs”, para informar o custo das “gramas” de alimento. Só que, interpretando “grs”, teríamos o “g” como sendo “gramas”, o “r” sozinho, minúsculo, não existe como símbolo de unidade de medida e o “s” é o símbolo de “segundo”. Portanto, nova regra: Não existe plural do símbolo de uma unidade de medida. O símbolo é o mesmo no singular e no plural.
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